Os investimentos na digitalização da economia devem criar mais empregos do que eliminá-los e elevar o PIB de vários países, entre outros fatores
Embora arraigado entre os mais pessimistas, o temor de que tecnologias como inteligência artificial e automação vão destruir milhões de empregos no futuro pode ser infundado. Uma série de projeções tem mostrado justamente o oposto: os investimentos na digitalização da economia devem nos próximos anos aumentar a produtividade, criar mais empregos do que eliminá-los, elevar o produto interno bruto de vários países e provocar uma migração em massa de trabalhadores para ocupações de alto valor agregado na economia digital. A começar por recursos já aportados nessas tecnologias: em 2015, foram 2,5 bilhões de dólares, de acordo com a consultoria A.T. Kearney. Cerca de 20% do capital foi direcionado apenas para a aquisição de startups ou para o desenvolvimento de tecnologias para carros autônomos. Outro estudo, este da consultoria Bain & Company, mostra que, até 2030, as linhas de produção pelo mundo devem produzir 55% mais do que os níveis de 2015 graças à automação trazida por robôs. É claro que ocupações serão limadas: nos Estados Unidos, as funções perdidas deixarão de contribuir com o equivalente a 8 trilhões de dólares em renda do trabalho até 2030. Em compensação, os ganhos de produtividade com novas tecnologias de automação deverão injetar na economia 14 trilhões de dólares no mesmo período. Já o aumento da mão de obra empregada deverá representar a adição de outros 6 trilhões de dólares no PIB americano.